quinta-feira, 15 de março de 2012

Receitas caseiras atraem mulheres em busca de tratamentos de beleza


As famosas receitas encontradas na internet ou indicadas por amigas tornam-se cada dia mais utilizadas por mulheres que buscam tratamentos de beleza rápidos e baratos

Não existe uma única mulher que nunca tenha feito uma receita caseira pra aprimorar a beleza. Na grande maioria das vezes, as loucuras cometidas por mulheres extremamente vaidosas vêm de indicações de amigas e sem nenhuma procedência: um creme com produtos culinários ou um alisante para os cabelos. São inúmeras as opções encontradas por mulheres que abusam do “jeitinho brasileiro” para ficarem, ainda mais, belas por um custo menor do que nos institutos de beleza.

Segundo a psicóloga Thayse Lassance, a vaidade faz parte da nossa sociedade há milênios e, comedidamente, é muito importante para a auto estima das mulheres. O problema é que o padrão de beleza divulgado pelas mídias tem tornado-se cada vez mais um desejo a ser alcançado pela população feminina. Ter como objetivo um corpo, cabelo ou até estilo de rosto que não faz parte de sua genética é uma obsessão que acaba em experimentos e tentativas frustradas, que podem ter consequências irreversíveis. “Obviamente precisamos ir atrás de um corpo bonito, saudável e ter boa aparência. A sociedade exige, mas isso pode ser feito com saúde e no limite de cada indivíduo. O mais importante é a própria aceitação, estar bem consigo e com sua aparência”, afirma a psicóloga.
O assunto pode render boas risadas como na história contada pela analista comercial Suzeni Santana, 38 anos, que tentou aplicar em casa, sozinha, um produto para alisar os cabelos. “Durante o processo da aplicação eu senti que a coloração do produto estava diferente, achei que fosse normal. Quando olhei no espelho me deparei com meu cabelo roxo, voltei para o chuveiro e enxaguei por mais de 50 minutos, mas nada mudou. Tive que enfrentar o mundo enquanto torcia para que o cabelo voltasse à cor normal por conta da vergonha”, explica Suzeni, que aprendeu a lição e hoje não abre mão de um bom profissional.

Mas nem toda história tem um final feliz. A assistente social Fernanda Marinho comprou um produto caseiro, apelidado de “Lama Negra”, que segundo indicações de amigas cabeleireiras, prometia deixar os cabelos macios e sedosos. Segundo ressalvas, a única alteração seria a coloração dos cabelos, que mudariam da cor que estavam para o preto azulado. “Na primeira vez que passei ficou lindo. Apesar do cheiro forte de queimado, os cachos estavam bem definidos, o brilho ofuscante e uma maciez de impressionar. O problema foi na hora de retocar a raiz, aqueles cachos bem definidos ficaram todos no ralo do banheiro. Meu cabelo caia de tufos e mais tufos. Uma tragédia. Passei mais de um ano tentando recuperá-lo”.

O perigo de produtos sem procedência coloca em risco a saúde não só dos cabelos, como da pele, podendo causar alergias e queimaduras. A dermatologista Dra. Ilione Lima explica a importancia de alertar os paciente dos danos permanetes: “é sempre importante lembrar que essas coisas tanto podem ser inocentes, quando se usa uma dosagem baixa de um produto já sabendo que é seguro, como ele pode ter danos muito grandes como queimaduras. Existe aquela tendência de tratamento caseiros porque eu ouvi dizer, porque alguem falou e o paciente apresenta consequencias gravissimas”.



Para que as mulheres tenham segurança na hora dos cuidados com a beleza, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional de Saúde (ANS), são os órgãos responsáveis pela fiscalização dos produtos em circulação. A recomendação dada pela Vigilância Sanitária é para que evitem comprar medicamentos vendidos de porta em porta ou com fabricação caseira. Para o esclarecimento de dúvidas, procedência de produtos ou registro nacional bastar entrar em contato pelo 0800-642-9782 ou no site www.anvisa.com.br.


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